domingo, 20 de julho de 2008

Dia do Amigo


Dia do Amigo


O dia do amigo foi adotado em Buenos Aires, Argentina, com o Decreto nº 235/79, sendo que foi gradualmente adotado em outras partes do mundo. Foi criada pelo argentino Enrique Ernesto Febbraro. Ele se inspirou na chegada do homem à lua, em 20 de julho de 1969, considerando a conquista não somente uma vitória científica, como também uma oportunidade de se fazer amigos em outras partes do universo. Assim, durante um ano, o argentino divulgou o lema "meu amigo é meu mestre, meu discípulo e meu companheiro".

No Brasil, o dia 20 de Julho também é adotado como dia do Amigo Gayzer

Aos poucos a data foi sendo adotada em outros países e hoje, em quase todo o mundo, o dia 20 de julho é o Dia do Amigo.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

A relação professor x aluno

A relação professor x aluno
vista pela perspectiva da emoção

Ensinar é um processo no qual seus elementos principais – professor e aluno – devem se ajustar na mediatização do conhecimento. Esse “ajuste” é condição essencial e necessária para que o saber seja proveitosamente trabalhado.

Uma relação professor-aluno que seja marcada pela tensão ou pelo medo ou que se desenvolva verticalmente opressora é a causa de boa parte dos fracassos escolares, embora saibamos que fatores sócio-econômicos decorrentes de uma relação familiar desajustadamente estabelecida pesem sobre a “decisão” de muitos alunos de simplesmente evadirem da escola.

É natural no ser humano a necessidade de relações interpessoais calorosas e emocionadas, arrebatadoras e transformadoras. Isso se reflete na educação. Assim, quando ouvimos um aluno dizer gostar (quiçá amar) de disciplinas historicamente marcadas pelo trauma da não-aprendizagem – como é o caso da Matemática, por exemplo – sabemos, intuitivamente, que o seu gostar é fruto de uma relação com o professor pautada na amizade, no respeito mútuo e no seu conseqüente progresso educativo.

Contudo não se pode reduzir um processo complexo, como o da aprendizagem, ao simples estabelecimento de uma relação amigável entre professor e aluno. Se assim o fosse seria fácil. Aliás, é, também comum, por parte do aluno, a confusão dos papéis que ambos – ele e seu mestre – desempenham no processo educativo. Cabendo sempre, obviamente, ao professor, o controle e a busca de uma relação respeitosa com o educando.

Já não cabe na escola de hoje o professor ditador que, ao oprimir seu aluno o priva de seu desenvolvimento e da sua liberdade de pensamento. Nem o professor “bonzinho” que, sendo permissivo e não dando-lhe as balizas necessárias, o “prende” à idéia de uma falsa liberdade. O que o professor necessita, assim, é criar uma terceira forma de relação com o aluno, não maniqueísta e mais voltada para a sua emoção visando naturalmente alcançar seu intelecto.

Falando em emoção é natural lembrarmos do professor Keating do filme “Sociedade dos poetas mortos”. Brilhantemente interpretado por Robbin Williams, Keating é o arquétipo do professor inovador: emociona e ensina sem ser libertino; instiga e provoca o que há de mais genuinamente humano no aluno sem perder o respeito deste. Em suma, é uma explosão de movimento, criatividade e emoção.

Difícil imaginar uma relação professor x aluno que prescinda do afeto e do respeito mútuos. Sem dúvida alguma é exatamente assim que o conhecimento pode ser emocionantemente trabalhado. Viva o professor Keating!


Leonardo Batista da Silva,
Professor de Língua Portuguesa.
Endereço eletrônico: leonard.obs@hotmail.com

terça-feira, 1 de julho de 2008

Meu maior defeito, nos tranqüilos dias da infância, consistia em desanimar com demasiada facilidade quando uma tarefa qualquer me parecia difícil. Eu podia ser tudo, menos um menino persistente.
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Foi quando, numa noite, meu pai entregou-me uma tabuazinha de pequena espessura e um canivete, e me pediu que, com este, riscasse uma linha a toda largura da tábua. Obedeci a suas instruções, e, em seguida, tábua e canivete foram trancados na escrivaninha de papai.
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A mesma coisa foi repetida todas as noites seguintes; ao fim de uma semana eu não agüentava mais de curiosidade.
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A história continuava. Toda noite eu tinha que riscar com o canivete, uma vez, pelo sulco que se aprofundava.
Chegou afinal um dia em que não havia mais sulco. Meu último e leve esforço cortara a tábua em duas.
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Papai olhou longamente para mim, e depois disse:
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Você nunca acreditaria que isto fosse possível, com tão pouco esforço, não é verdade? Pois o êxito ou fracasso de sua vida não depende tanto de quanta força você põe numa tentativa, mas da persistência no que faz.
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Foi essa uma lição de coisas impossíveis de esquecer, e que mesmo um garoto de dez anos podia aproveitar.
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Relato de: N. Semonoff
Londres

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